Mostra no Cine Santa Tereza destaca filmes feitos por mulheres
'Diálogos pela equidade: mulheres plurais' vai até domingo (16/3). Atrizes Fernanda Vianna e Grace ô são as homenageadas desta edição
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O processo de mudança na coordenação do Cine Santa Tereza, em pleno curso, com a saída de Vanessa Santos e a chegada de Carla Maia, não teve implicações na programação, que, ado o carnaval, é retomada com fôlego. Tem início, nesta terça-feira (11/3), a sexta edição da mostra “Diálogos pela equidade: mulheres plurais”.
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Com curadoria da equipe do Cine Santa Tereza, a programação, que segue até o próximo domingo (16/3), traz seleção de filmes que tem por objetivo apresentar e dar visibilidade à atuação feminina no âmbito do audiovisual. “Para ter onde ir” (2016), de Jorane Castro, “O estranho” (2023), de Flora Dias e Juruna Malon, “Praia Formosa” (2024), de Julia de Simone, e “Quando eu me encontrar” (2023), de Amanda Pontes e Michelline Helena, são alguns dos títulos.
Haverá, ainda, na sexta-feira (14/3), sessão com os curtas “Pulsão de vida” (2023), de Ana Cândida, e “O silêncio elementar” (2024), de Mariana de Melo.
A mostra presta homenagem às atrizes Fernanda Vianna e Grace ô. Fernanda participa, também na sexta, de sessão comentada do filme “Cidade; campo” (2024), de Juliana Rojas, que lhe rendeu o Kikito de Melhor Atriz no último Festival de Gramado.
No sábado (15/3), Grace se encontra com o público para comentar duas obras que dirigiu, “República” (2020) e “Vaga carne” (2019), essa última em parceria com Ricardo Alves Jr., que serão exibidas em sequência.
“Na última mostra, homenageamos a Marcela Cartaxo e este ano quisemos valorizar artistas mineiras”, explica Paula Senna, diretora de Promoção das Artes da Fundação Municipal de Cultura.
Paula destaca o prêmio conquistado por Fernanda Vianna, integrante do Grupo Galpão, e ressalta que Grace ô tem realizado trabalhos de relevo em diversas frentes. “As duas são atrizes e diretoras com trânsito pelo cinema e pelo teatro, amplamente reconhecidas e premiadas”, observa. A programação conta, ainda, com sessão comentada do filme “Minha África imaginária”, de Tatiana Carvalho Costa.
"Duas Fernandas"
Outra atração é a mostra “Duas Fernandas”, homenagem a Fernanda Montenegro e Fernanda Torres. Serão exibidos nove títulos distribuídos em 15 sessões, entre os dias 19 e 30. “Eles não usam black-tie” (1981), “A marvarda carne” (1985), “Saneamento básico” (2007) e “Tudo bem” (1978) são alguns deles.
No dia 19, a sala receberá o Cine Diversidade, com filmes sobre gênero e sexualidade. Serão exibidos, a partir das 19h, os curtas documentais “Sinais vermelhos”, de Vânia Maria, e “Pirenopolynda”, de Tita Maravilha, Izzi Vitório e Bruno Victor.
Entre os dias 25 e 28, o público poderá conferir o “Ciclo cine viajes con sentido – Road movies”, iniciativa do Instituto Cervantes que joga luz sobre o gênero que irrompeu no cinema espanhol nos anos 1970, após surgir nos Estados Unidos. A curadoria é de Santiago Garcia Ochoa.
"DIÁLOGOS PELA EQUIDADE: MULHERES PLURAIS"
HOJE (11/3)
•19h: “Praia Formosa”, de Julia de Simone. Traficada do Congo para o Brasil em meados do século 19, Muanza desperta no Rio de Janeiro do século 21.
QUARTA (12/3)
•17h: “Mugunzá”, de Ary Rosa e Glenda Nicácio. Arlete, que perdeu amor, filho e casa, quer justiça.
•19h: “Para ter onde ir”, de Jorane Castro. Viagem no Pará marca a vida de três mulheres.
QUINTA (13/3)
•17h: “O estranho”, de Juruna Malon. Pessoas se cruzam no aeroporto de Guarulhos, construído sobre território indígena.
•19h: “A flor do buriti”. De João Salaviza e Renée Nader Messora. A resistência da etnia indígena krahô, vítima de massacre de fazendeiros.
• Cine Santa Tereza, Rua Estrela do Sul, 89, Bairro Santa Tereza. Entrada franca, com retirada de ingressos na plataforma Sympla, onde está a programação completa.