BELO HORIZONTE

Parque Municipal: Espaço Multiuso deve ficar pronto após mais de 10 anos

A conclusão das obras está prevista para o segundo semestre deste ano, mas atrasos nos prazos marcam trajetória da construção

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As obras de reforma e implantação de novas estruturas do Espaço Multiuso do Parque Municipal Américo Renné Giannetti, no Centro de Belo Horizonte, têm nova data de conclusão, prevista para o segundo semestre deste ano. Anunciada em 2011, com muitas interrupções ao longo dos anos e com retomada da licitação publicada em dezembro de 2023, as novas intervenções começaram em março do ano ado e tinham previsão de término ainda para 2024. 

 

De acordo com a Prefeitura de BH, o atraso na entrega ocorreu devido à licitação para itens não previstos no escopo original, de mais de uma década atrás, e que antes abrangia só a parte estrutural do espaço, como instalação de cortinas, poltronas e divisórias acústicas. A princípio, o prazo de execução era de 270 dias corridos contados da emissão da ordem de serviço.

O executivo municipal afirmou que até o momento foi concluída a montagem da estrutura metálica da cobertura. “Com 34 metros de diâmetro e sustentada por apenas cinco colunas, a cobertura se projeta com um balanço de 21 metros sobre o pátio central e também a cobertura, com 58 toneladas de aço. Foram projetados amortecedores de massa sintonizada (TMDs), com o objetivo de reduzir vibrações”, informou.

A expectativa é que o espaço, que ocupará o lugar onde antes abrigava o Colégio Imaco, tenha infraestrutura para realizar eventos para público de aproximadamente 4.500 pessoas. Entre os elementos a serem entregues está um palco para eventos, shows, apresentações teatrais e outras atividades culturais.

Além disso, o espaço no Parque Municipal vai ter auditório, oficinas, lanchonete, instalações sanitárias públicas íveis e um terraço descoberto, segundo informou o então superintendente de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Henrique Castilho, em abril do ano ado. Na ocasião, Castilho afirmou que a finalização do espaço havia sido determinada pelo então prefeito Fuad Noman, que morreu em março deste ano.

Obras

A reforma e a adequação das estruturas construídas parcialmente, assim como a implantação de novos elementos, fazem parte do Programa Centro de Todo Mundo e têm investimento de R$ 16,9 milhões, com recursos próprios da Prefeitura de BH. A oficialização da contratação da empresa responsável ocorreu em fevereiro de 2024.

No escopo original estão previstos a limpeza do terreno e das estruturas construídas, assim como o tratamento geral das superfícies para receber os revestimentos previstos. Além disso, consta o reforço de fundação com microestacas e escavação manual, tratamento das estruturas de concreto armado expostas, implantação de caixa d’água estruturada em laje existente, iluminação, acústica, pintura, acabamento e paisagismo.

Imbróglio ao longo dos anos

O Estado de Minas acompanhou a jornada instável de construção do espaço voltado para a cultura e o lazer desde o início. Em abril de 2013, em reportagem publicada, foi informado que, a princípio, a previsão era que o Governo de Minas financiasse R$ 13,5 milhões e o espaço fosse entregue em março de 2014. 

Em agosto de 2013, o Estado de Minas publicou que: “A construção do Espaço Multiuso no lugar do antigo Colégio Imaco, dentro do Parque Municipal Américo Renné Giannetti, Centro de Belo Horizonte, não ou da demolição da antiga escola”.

O “refinamento dos projetos” foi a justificativa apresentada pela Sudecap na época. Na ocasião, a então Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) informou que a liberação de recursos por parte do governo estava condicionada à solução de algumas pendências técnicas no projeto 

Em março de 2014, a cena se repetiu. Mais uma vez, a paralisação das obras foi noticiada. Na ocasião, a Sudecap não se manifestou, mas um especialista ouvido pelo EM explicou que o atraso e interrupção decorriam de um problema financeiro, tecnicamente denominado “reequilíbrio de preços”.

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Anos depois, em 2017, a PBH informou que um novo convênio com o Estado (MGI/Setop), que é o concedente dos recursos, foi firmado para que a execução da obra tivesse continuidade naquele ano. O Executivo municipal afirmou na época que as fundações e construção de parte da estrutura, assim como parte das instalações elétricas e hidráulicas, haviam sido feitas, mas a reportagem flagrou a situação de completo abandono do espaço, cercado de mato e com materiais da obra expostos ao ar livre. 

*Estagiária sob supervisão do subeditor Gabriel Felice

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