Moraes está "magoado" com pedidos de suspeição em julgamento do golpe
Julgamento do núcleo 4 do golpe começou nesta terça-feira (6/5) com pedidos de suspeição do ministro Alexandre de Moraes
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Siga noO ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que está “magoado” com os pedidos de suspeição da defesa dos indiciados pela trama golpista que culminou nos ataques de 8 de janeiro de 2023. Nesta terça-feira (6/5), a primeira turma iniciou o julgamento do núcleo 4, nomeado de “núcleo da desinformação”.
Como de praxe, primeiro os ministros julgaram e rejeitaram todas as “questões preliminares” dos advogados de defesa - questionamentos sobre o andamento processual, como a competência da primeira turma para analisar o caso e a suspeição de Moraes no julgamento.
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“Fico extremamente magoado porque quando surge o nome do ministro (Luiz) Fux ninguém pede a suspeição dele. Quando aparece o meu nome, são 868 pedidos de suspeição. Suspeito é quem está pedindo a minha suspeição. É impressionante”, disse o magistrado.
Fux tem sido elogiado pelos advogados pela postura no julgamento dos manifestantes que depredaram a praça dos Três Poderes, e por ser o único que considera a primeira turma incompetente para julgar o caso. O ministro, porém, afirmou que não há atritos com Moraes.
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“Se alguma coluna apurou que eu estou aqui para fazer alguma frente ao ministro Alexandre de Moraes, apurou muito mal. Na verdade, eu estou aqui mantendo pontos de vista que me parecem que são os adequados à luz da minha visão de Direito Penal", disse.
Os advogados de defesa ainda questionaram a validade do acordo de delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), e apontaram para supostas irregularidades na tramitação do processo. Esses questionamentos também foram rejeitados.
Os acusados que estão sendo julgados nesta terça-feira (6/5) são:
- Ailton Gonçalves Moraes Barros, major da reserva do Exército;
- Ângelo Martins Denicoli, major da reserva;
- Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente;
- Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel;
- Reginaldo Vieira de Abreu, coronel;
- Marcelo Araújo Bormevet, policial federal;
- Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do presidente do Instituto Voto Legal.