
'Cantei a música sozinho e, no terceiro take, eu já tinha matado', diz Nico Borges, caçula dos 11 filhos de Salomão e Maricota Borges, ao lembrar a gravação de "Milagre dos peixes", no Rio
Alexandre Guzanshe/EM/D.A. PressEm meio aos vocalises e efeitos sonoros do álbum “Milagre dos peixes”, o recurso que Milton Nascimento utilizou para driblar a censura imposta aos versos de Fernando Brant, Márcio Borges e Ruy Guerra, uma canção chama a atenção por destoar das demais: “Pablo”, a última faixa do disco. Composição de Milton com letra de Ronaldo Bastos, ela ou incólume pelos censores. Mas a música não foi entoada pelo autor, e sim por uma voz ingênua e até então desconhecida. “Meu nome é Pablo, Pablo, Pablo/ Como um trator é vermelho/ Incêndio nos cabelos (…) Meu nome é pedra/ E pedra é meu corpo.”

Milton Nascimento com Nico e Telo Borges, os meninos que ele pôs para cantar em 'Milagre dos peixes'
Telo Borges/Facebook/reproduçãoO drible de Ronaldo na censura

Telo Borges em 2003 e o Grammy Latino ganhou com 'Tristesse', sua parceria com Milton Nascimento
Sylvio Coutinho/divulgação
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