
Mulheres do Pará se destacam em mostra fotográfica no CCBB-BH
Público verá 170 obras produzidas por 11 artistas do Norte do país, entre fotografias, fotonovelas, vídeos e áudios dos anos 1980 até os dias atuais
Mais lidas
compartilhe
SIGA NO

Onze artistas da Amazônia brasileira fazem parte da mostra “Vetores-Vertentes: Fotografias do Pará”, que será aberta na próxima quarta-feira (4/6), no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), na Praça da Liberdade. A exposição é um de mais de 40 anos de produção fotográfica feminina na região Norte do Brasil e ocupará galerias do terceiro andar e o pátio do centro cultural. São 170 obras – entre fotografias, fotonovelas, jornais artísticos, vídeos e áudios dos anos 1980 até os dias atuais. A curadoria é assinada por Sissa Aneleh, fundadora e diretora do Museu das Mulheres.
• OCA
O público poderá conhecer trabalhos de precursoras atuantes nas décadas de 1980 e 1990: Cláudia Leão, Bárbara Freire, Paula Sampaio, Walda Marques e Leila Jinkings. E também a geração seguinte, representada por Evna Moura, Renata Aguiar, Nailana Thiely e Nay Jinknss. A nova geração chega por meio da arte de Deia Lima e Jacy Santos. Um dos destaques é a instalação inspirada nas guerreiras indígenas icamiabas, com seis composições aromáticas produzidas exclusivamente para esta exposição. No pátio do CCBB-BH, oca vai receber a projeção do filme em realidade virtual “Mukatu'hary” (“Curandeira”), oferecendo experiência em realidade expandida.
Leia Mais
• REVERÊNCIA
Depois de emocionar plateias em todo o Brasil, desembarca em Belo Horizonte o espetáculo “Mão na barra, pé no terreiro, a vida e a dança de Mercedes Baptista”, cujo enredo homenageia a primeira bailarina negra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A bailarina e a atriz Ivanna Cruz protagoniza a montagem dirigida por Luiz Antônio Rocha, que assina o texto em parceria com Ivanna e Pedro Sá Moraes.
O musical celebra a trajetória da coreógrafa que revolucionou a dança contemporânea no país ao criar o balé afro-brasileiro, abrindo caminhos para artistas negros nos palcos. A temporada vai de 6 a 8 de junho, no Teatro João Ceschiatti, no Palácio das Artes. De 10 a 12 de junho, a trupe segue para o Quilombo dos Moreiras e o Quilombo Buraco do Paiol, em Rio Espera, cidade da Zona da Mata mineira.
• VINHO E JAZZ
O restaurante Tragaluz será palco dos jantares do Festival Vinho e Jazz, que ocorrerá de sexta-feira (30/6) a 8 de junho, em Tiradentes. Felipe Rameh, chef executivo da casa, prepara menu de três tempos harmonizados: pastéis de milho da roça com ketchup de goiabada; porco assado com purê de banana caramelada, risoni com milho fresco, guanciale e ora-pro-nóbis.
Outra atração será o risoto “tree formaggi” com medalhão de filé. Para adoçar, o “casamento mineiro” (creme brûlée de doce de leite com café premiado da Serra do Espinhaço) promete ser a cereja do banquete. O festival ocupará o Centro Histórico com estandes e shows no Largo da Rodoviária. Entre as atrações confirmadas, Thiago Delegado, Nath Rodrigues e Fernando Sodré.
• GRATUITO
Em 6 de junho, estreia em BH o premiado espetáculo “Buraquinhos ou O vento é inimigo do picumã”, vencedor de 10 prêmios, entre eles o histórico APCA concedido a Naruna Costa, primeira mulher negra contemplada como Melhor Diretora pela Associação Paulista dos Críticos de Arte. Com entrada franca, a peça será exibida até 15 de junho, no Galpão Cine Horto, com sessões às sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 19h. Por meio do realismo fantástico, “Buraquinhos” denuncia a brutalidade contra a população negra no Brasil, trazendo abordagem original e poética sobre este cotidiano atroz.
Em cena, os atores Ailton de Barros, Filipe Celestino e Jhonny Salaberg (autor da peça) contam a história do menino negro que mora na periferia e corre o mundo para salvar sua própria vida. A trilha sonora, executada ao vivo por Erica Navarro e Giovani Di Ganzá, é destaque à parte. Ingressos gratuitos serão distribuídos uma hora antes de cada sessão.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.