CINEMA

Robert de Niro ataca tarifaço de Trump em discurso na abertura de Cannes

Ao receber a Palma de Ouro honorária, ator chama presidente dos EUA de 'inculto' e diz que a tarifa de 100% sobre filmes planejada por ele é 'inaceitável'

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O ator Robert de Niro, crítico ferrenho de Donald Trump, chamou o presidente dos Estados Unidos de “inculto”, classificando como “inaceitável” a tarifa de 100% que ele planeja impor a filmes produzidos fora dos EUA. Ao discursar nesta terça-feira (13/5) na cerimônia de abertura do Festival de Cannes, De Niro avisou: “Estamos lutando ferozmente pela democracia, que sempre demos como certa”.

 

Aos 81 anos, o astro americano recebeu das mãos de Leonardo DiCaprio a Palma de Ouro dedicada à sua carreira. “A arte é inclusiva, une as pessoas, como nesta noite. A arte busca a liberdade, a arte inclui a diversidade e por isso a arte está ameaçada! Por isso somos uma ameaça para os autocratas e os fascistas deste mundo”, afirmou o ator veterano.

Fundos

De Niro criticou Trump por cortar fundos para vários setores culturais. “Agora anuncia tarifas de 100% para os filmes produzidos fora dos Estados Unidos. Isso é inaceitável. E não é apenas um problema americano, é um problema mundial”, advertiu.

A atriz sa Juliette Binoche, presidente do júri de Cannes, afirmou, em entrevista coletiva, que Trump tenta “salvar a própria pele” ao defender tarifas de 100% sobre filmes gravados fora de seu país.

“Podemos ver que ele está lutando e tentando, de muitas maneiras diferentes, salvar a América e salvar a própria pele”, disse Binoche.

Halle Berry, Jeremy Strong e Binoche conversaram com os jornalistas ao lado de outros integrantes do júri, entre eles Hong Sang-soo, Carlos Reygadas e Dieudo Hamadi.

“Entendo que o presidente Trump está tentando proteger seu país, mas nós temos uma comunidade cinematográfica muito forte em nosso continente, na Europa. Então não sei o que dizer, realmente, sobre isso”, afirmou Binoche.

No começo do mês, Trump afirmou que produções estrangeiras são “ameaça à segurança nacional”, atraem cineastas para outros mercados e levam “mensagens e propagandas” para os EUA.

Fake news

Jeremy Strong, que interpretou o advogado Roy Cohn, mentor de Trump, em “O aprendiz”, relembrou os temas do longa.

“Vejo Roy Cohn essencialmente como o progenitor das fake news e fatos alternativos, estamos vivendo nas consequências do que ele criou”, disse.

“Neste momento em que a verdade está sob ataque e a verdade está se tornando algo cada vez mais ameaçado, o papel das histórias, do cinema, da arte e aqui, especificamente neste templo do cinema, o papel do filme é cada vez mais crucial, porque pode combater essas forças na entropia da verdade”, declarou. 

“O que estou fazendo aqui este ano é, de certa forma, contrapeso ao que Roy Cohn estava fazendo no ano ado”, completou.

Juliette Binoche foi questionada sobre por que não é signatária da carta aberta que condena a ividade de Cannes em relação à guerra em Gaza, assinada por mais de 350 membros da indústria cinematográfica, entre eles Richard Gere e Javier Bardem. “Vocês talvez entendam mais tarde”, afirmou ela.

Cauda “proibida”

Em outro momento, Halle Berry revelou que precisou mudar o figurino para a abertura de Cannes, após o anúncio de que nudez e “trajes volumosos” seriam proibidos no tapete vermelho do festival. Segundo ela, seu vestido teria longa cauda que não seria permitida com as novas regras.

O festival será encerrado em 24 de maio. O brasileiro “O agente secreto”, dirigido por Kleber Mendonça Filho e estrelado por Wagner Moura, vai disputar a Palma de Ouro, principal prêmio do evento.

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